Diagrama soja fluxos/ pólos e produtores maiores-hubs, Miranda, 2004
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MAPA DAS COMMODITIES
“Nada
é mais desterritorializado que a matéria
movimento, a matéria-fluxo é vetorial” Deleuze e Guattari
A nova configuração da circulação e a mobilidade geográfica intensiva
que ocorrem no território brasileiro, nos anos 2000, advêm principalmente das
novas fronteiras agrícolas: cerrados do Centro-Oeste, Triângulo Mineiro,
Rondônia, Oeste da Bahia, sul do Maranhão e do Piauí. Estas regiões estão se
tornando altamente modernizadas e especializadas, produzindo commodities, sobretudo soja e milho.
A longa distância da nova fronteira agrícola dos portos influi na
configuração das redes de circulação, na medida em que multiplica os percursos
possíveis no território e que enseja a possibilidade de ampliar o número de
saídas, entradas e passagens para o interior do subcontinente.
Estas redes de transporte são açambarcadas imediatamente pelas
corporações. Segundo dados da empresa Archer Daniels Midland, a ADM, as
chamadas fronteiras logísticas em geral, são consideradas como as últimas
etapas que podem ser exploradas para aumentar a praticabilidade das empresas, a
fim de manter "vantagens diferenciais competitivas".
Abrir novos fronts
requer “as atividades logísticas, que afetam os índices de preços,
custos financeiros, produtividade, custos de energia e satisfação dos clientes”.
(...)
A estratégia de multilocalização das firmas mundialmente,
o intra-firm sourcing, gera lógicas
organizacionais, que estruturam cadeias produtivas em forma de redes de
empresas, de escala e vínculos diversos: filiais, terceirizações, subcontratações,
parcerias. A organização do intra-firm
sourcing superpõe-se em camadas, que vão configurando a flexibilização da
produção no território, assim como a flexibilização das formas de trabalho,
fragmentando-se em agentes menores, que podem gera formas de cooperação
territorial tipo clusters, na medida
em que se aproxima da base da cadeia expandida (DUPAS, 2001).
"As modificações ocorridas no seio das cadeias
produtivas globais, alteram, pois, de modo decisivo, a forma como os países e
os agente econômicos relacionam-se entre si, se apropriam da riqueza, alteram o
mapa da produção mundial, a demanda por trabalho e a força relativa dos
diversos grupos de trabalhadores" (DUPAS, 2001).
O padrão de distribuição
territorial é variado, a unidade operativa é a rede e não cada uma das firmas
individuais. O que torna a informação, que circula em redes e sub-redes crucial
na realização das operações das cadeias produtivas (CASTELLS, 2001). (...)
Referências:
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em redes. Tradução: Klaus Brandini Gerhrdt. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
DUPAS, Gilberto. O Brasil, suas empresas e os desafios da competição global. In. BARROS, Betania Tanure (org.). Fusões, Aquisições & Parcerias. São Paulo, 2001.
Referências:
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em redes. Tradução: Klaus Brandini Gerhrdt. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
DUPAS, Gilberto. O Brasil, suas empresas e os desafios da competição global. In. BARROS, Betania Tanure (org.). Fusões, Aquisições & Parcerias. São Paulo, 2001.
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