O espaço é um “fato” aberto há uma série de
especulações. Metodologicamente (e didaticamente) podemos dividi-lo nas
categorias espaço postulado[1] e
espaço produzido como fez Fábio Duarte (2002). A definição de espaço infinito e abstrato da ciência
moderna, que não corresponde as noções adquiridas com a vivência, só pode ser
formulado mediante linguagem científica, só pode ser postulado. Mesmo a perspectiva central como técnica de
representação do espaço, como construção geométrica, simbólica e ideológica
determina um espaço postulado.
O espaço do convívio coletivo, que possui
orientação, limites, fronteiras; objetos que o demarcam e obstruem, códigos que
os representam e é apropriado pelas pessoas, é o espaço produzido socialmente. Contudo mesmo o espaço
produzido carrega fatores ficcionais (ideológicos).
Com base em Henri
Lefebvre, quer dizer, baseado em estudos da fenomenologia da
gênese do urbano, Fábio Duarte
subdivide a compreensão do espaço produzido em três categorias: o espaço
praticado, o de representação e as representações do espaço. O espaço praticado
é o que permite a formação lenta dos lugares, assegurando a coesão social e
determinando segregações. O espaço de representação é o espaço simbólico, é o
espaço do tecido social, repleto de signos e modos culturais de apropriação de
seus objetos pelos habitantes. O espaço das representações é o espaço concebido.
O espaço que “espelha” as relações de produção, a ordem social, a estrutura dos
conhecimentos enuncia seus códigos. É o que tende a formar o sistema de signos
do espaço (LEFEBVRE apud DUARTE, 2002, p. 43).
[1] Postulado: 1.Filos. Proposição não evidente nem demonstrável, que se admite como princípio de um sistema dedutível, de uma operação lógica ou de um sistema de normas práticas./ 2.Fato ou preceito reconhecido sem prévia demonstração.
Com base no conceito de espaço produzido por Fábio Duarte, por sua vez, baseado em Henri Lefebvre. Neste
se subdivide a compreensão do espaço produzido em três categorias: o espaço
praticado, o de representação e as representações do espaço.
O espaço praticado é o que permite a formação lenta dos lugares,
assegurando a coesão social e determinando segregações. O espaço de
representação é o espaço simbólico, é o espaço do tecido social, repleto de
signos e modos culturais de apropriação de seus objetos pelos habitantes. O
espaço das representações é o espaço concebido. O espaço que “espelha” as
relações de produção, a ordem social, a estrutura dos conhecimentos enuncia
seus códigos. É o que tende a formar o sistema de signos do espaço (LEFEBVRE
apud DUARTE, 2002, p. 43). Deste modo se sintetiza:
•
espaço praticado→ lugar → pratica do lugar →
espaço (LEFEBVRE / CERTEAU)
•
espaço das representações → território
DUARTE, Fábio. Crise das matrizes espaciais. Arquitetura, cidades, geopolítica,
tecnocultura. São Paulo:
Perspectiva, 2002
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