sábado, 27 de outubro de 2012

ESPAÇO POSTULADO/ ESPAÇO PRODUZIDO

O espaço é um “fato” aberto há uma série de especulações. Metodologicamente (e didaticamente) podemos dividi-lo nas categorias espaço postulado[1] e espaço produzido como fez Fábio Duarte (2002). A definição de espaço infinito e abstrato da ciência moderna, que não corresponde as noções adquiridas com a vivência, só pode ser formulado mediante linguagem científica, só pode ser postulado. Mesmo a perspectiva central como técnica de representação do espaço, como construção geométrica, simbólica e ideológica determina um espaço postulado.
O espaço do convívio coletivo, que possui orientação, limites, fronteiras; objetos que o demarcam e obstruem, códigos que os representam e é apropriado pelas pessoas, é o espaço produzido socialmente. Contudo mesmo o espaço produzido carrega fatores ficcionais (ideológicos).
Com base em Henri Lefebvre, quer dizer, baseado em estudos da fenomenologia da gênese do urbano, Fábio Duarte subdivide a compreensão do espaço produzido em três categorias: o espaço praticado, o de representação e as representações do espaço. O espaço praticado é o que permite a formação lenta dos lugares, assegurando a coesão social e determinando segregações. O espaço de representação é o espaço simbólico, é o espaço do tecido social, repleto de signos e modos culturais de apropriação de seus objetos pelos habitantes. O espaço das representações é o espaço concebido. O espaço que “espelha” as relações de produção, a ordem social, a estrutura dos conhecimentos enuncia seus códigos. É o que tende a formar o sistema de signos do espaço (LEFEBVRE apud DUARTE, 2002, p. 43).

[1] Postulado: 1.Filos. Proposição não evidente nem demonstrável, que se admite como princípio de um sistema dedutível, de uma operação lógica ou de um sistema de normas práticas./  2.Fato ou preceito reconhecido sem prévia demonstração.

Com base no conceito de espaço produzido por Fábio Duarte, por sua vez, baseado em Henri Lefebvre. Neste se subdivide a compreensão do espaço produzido em três categorias: o espaço praticado, o de representação e as representações do espaço.

O espaço praticado é o que permite a formação lenta dos lugares, assegurando a coesão social e determinando segregações. O espaço de representação é o espaço simbólico, é o espaço do tecido social, repleto de signos e modos culturais de apropriação de seus objetos pelos habitantes. O espaço das representações é o espaço concebido. O espaço que “espelha” as relações de produção, a ordem social, a estrutura dos conhecimentos enuncia seus códigos. É o que tende a formar o sistema de signos do espaço (LEFEBVRE apud DUARTE, 2002, p. 43). Deste modo se sintetiza:

       espaço praticado→ lugar → pratica do  lugar →  espaço (LEFEBVRE / CERTEAU)

       espaço das representações → território 

DUARTE, Fábio. Crise das matrizes espaciais. Arquitetura, cidades, geopolítica, tecnocultura. São Paulo: Perspectiva, 2002

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