O resultado foi uma arquitetura
de rede que não pode ser controlada a partir de nenhum centro e é composta por
milhares de redes de computadores autônomos com inúmeras maneiras de conexão,
contornando barreiras eletrônicas. (CASTELLS.P. 26)
O espaço dos fluxos das redes
mundiais é resultante de dinâmicas produtivas e comunicativas.
A difusão mundial da lógica das
redes tem modificado os processos produtivos, o poder, a cultura e a
experiência. As redes converteram-se na base de criação de riquezas e do
conhecimento na economia mundial. Entretanto, esta sentença refere-se predominantemente
às redes sociotécnicas, que estão se tornando simultaneamente, globais e
locais, na medida em que se ampliam os tipos de conexões técnicas e
organizacionais mundiais em determinados espaços locais. José Luis Aidar Prado
(2001) adverte que da afirmação da operacionalidade das redes, da velocidade da
circulação e do consumo decorre uma “naturalização” das redes mundiais, que
omite o modo como se constroem o poder dos fluxos e os discursos que lhe dão
suporte.
O termo rede é apropriado de
outros campos de conhecimento, expressan-do uma espécie de tecido das relações
sociais e produtivas. As redes são reais e virtuais, técnicas e sociais, locais
e globais, integradoras e desintegradoras (SANTOS, 1997).
Discussão aprofundada será feita
no tópico do curso caracterização das redes.
Referências
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em redes. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
MIRANDA, Clara Luiza.
Dispositivos Territoriais das Redes Mundiais. Tese de Doutorado. São Paulo:
PUCSP, 2004.
PRADO, José Luiz Aidar. O
enredamento globalizante de Castells. In. PRADO, José Luiz Aidar & SOVIK,
Liv. (orgs). Lugar Global e Lugar nenhum: Ensaios sobre de-mocracia e
globalização. São Paulo: Hacker Ed., 2001.
SANTOS, Milton. Técnica, Espaço,
Tempo. Globalização e Meio Técnico-Científico Informacional. São Paulo:
HUCITEC, 1997.
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