domingo, 2 de setembro de 2012

Redes e tecnologia 1

Tecnologia é a sociedade, e a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas ferramentas tecnológicas. (CASTELLS. P. 25. no transcorrer do curso será confrontado com (Cf.) diversos autores. (...) A ênfase nos dispositivos personalizados (pcs, notebooks, pages, smarphones, tablets), na interatividade, na formação de redes e na busca de novas descobertas tecnológicas. (...) produziram inovação tecnológica (culturas e organizações), acelerando a velocidade e o escopo das transformações tecnológicas. (CASTELLS.P. 25).
O resultado foi uma arquitetura de rede que não pode ser controlada a partir de nenhum centro e é composta por milhares de redes de computadores autônomos com inúmeras maneiras de conexão, contornando barreiras eletrônicas. (CASTELLS.P. 26)

O espaço dos fluxos das redes mundiais é resultante de dinâmicas produtivas e comunicativas.

A difusão mundial da lógica das redes tem modificado os processos produtivos, o poder, a cultura e a experiência. As redes converteram-se na base de criação de riquezas e do conhecimento na economia mundial. Entretanto, esta sentença refere-se predominantemente às redes sociotécnicas, que estão se tornando simultaneamente, globais e locais, na medida em que se ampliam os tipos de conexões técnicas e organizacionais mundiais em determinados espaços locais. José Luis Aidar Prado (2001) adverte que da afirmação da operacionalidade das redes, da velocidade da circulação e do consumo decorre uma “naturalização” das redes mundiais, que omite o modo como se constroem o poder dos fluxos e os discursos que lhe dão suporte.
O termo rede é apropriado de outros campos de conhecimento, expressan-do uma espécie de tecido das relações sociais e produtivas. As redes são reais e virtuais, técnicas e sociais, locais e globais, integradoras e desintegradoras (SANTOS, 1997).

Discussão aprofundada será feita no tópico do curso caracterização das redes. 

Referências
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em redes. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

MIRANDA, Clara Luiza. Dispositivos Territoriais das Redes Mundiais. Tese de Doutorado. São Paulo: PUCSP, 2004.
PRADO, José Luiz Aidar. O enredamento globalizante de Castells. In. PRADO, José Luiz Aidar & SOVIK, Liv. (orgs). Lugar Global e Lugar nenhum: Ensaios sobre de-mocracia e globalização. São Paulo: Hacker Ed., 2001.
SANTOS, Milton. Técnica, Espaço, Tempo. Globalização e Meio Técnico-Científico Informacional. São Paulo: HUCITEC, 1997.
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário