sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Hiperterritório 1


A inclinação pela noção de hiperterritório advém da constatação que “não há mais um fora” (HARDT, 2000), não há mais terra incógnita e limites fixos, todo o planeta e sistema solar estão sob a jurisdição do mercado, da regulamentação extraterritorial, dos circuitos de segurança telemáticos. Quando há zonas autônomas abertas, elas se deslocam o tempo todo, para ficarem invisíveis à cartografia do controle (BEY, 2001). O isolamento ou confinamento não é uma marca importante da sociedade de controle ou da sociedade da informação, a despeito da distinção de referente e de significado entre estes dois conceitos. 
Não obstante, a lógica do arquipélago faça muito sentido em relação à inclusão diferenciada da periferia e dos interstícios nos processos de sucesso da globalização, por outro lado, todas essas relações territoriais são marcadas por dinâmicas dramáticas, como a crise de 2008 que se estende com altos e baixos até o momento, 2012.
 
Referências:
BEY, Hakim. TAZ, Zona Autônoma Temporária. Tradução: Patrícia Decia et Renato Resende. São Paulo: Conrad Livros, 2001.
HARDT, Michael. A Sociedade Mundial de Controle. In. ALLIEZ, Éric. (org). Gilles Deleuze: Uma vida Filosófica. São Paulo: Ed. 34, 2000.


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