A inclinação pela noção de hiperterritório
advém da constatação que “não há mais um fora” (HARDT, 2000),
não há mais terra incógnita e limites fixos, todo o planeta e sistema solar
estão sob a jurisdição do mercado, da regulamentação extraterritorial, dos
circuitos de segurança telemáticos. Quando há zonas autônomas abertas, elas se
deslocam o tempo todo, para ficarem invisíveis à cartografia do controle (BEY, 2001).
O isolamento ou confinamento não é uma marca importante da sociedade de controle
ou da sociedade da informação, a despeito da distinção de referente e de significado
entre estes dois conceitos.
Não obstante, a lógica
do arquipélago faça muito sentido em relação à inclusão diferenciada da periferia
e dos interstícios nos processos de sucesso da globalização, por outro lado, todas essas relações territoriais são marcadas por dinâmicas dramáticas, como a crise de 2008 que se estende com altos e baixos até o momento, 2012.
Referências:
BEY, Hakim. TAZ, Zona Autônoma Temporária. Tradução:
Patrícia Decia et Renato Resende. São Paulo: Conrad Livros, 2001.
HARDT,
Michael. A Sociedade Mundial de Controle. In. ALLIEZ, Éric. (org). Gilles Deleuze: Uma vida Filosófica. São Paulo: Ed. 34, 2000.
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